O Tribunal Popular do Júri condenou, nesta segunda-feira (9), o assassino confesso do ex-prefeito de Madeiro, Zé Filho, assassinado a tiros em novembro de 2021. Felipe Anderson Seixas de Araújo foi sentenciado à pena de 18 anos e 9 meses de reclusão em regime fechado.
O julgamento foi conduzido pela juíza Rita de Cássia da Silva, da Vara Única da Comarca de Luzilândia, que fixou a pena de Felipe Seixas e decidiu que ele não poderá recorrer em liberdade.

O conselho de sentença do Júri Popular acatou a tese defendida pelo Ministério Público, que denunciou Felipe Seixas pelo crime de homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e com utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima.
Defesa alegou insanidade mental
A defesa do réu, por sua vez, tentou emplacar a tese de que Felipe Seixas é esquizofrênico e teria praticado o crime nessas condições, o que não foi assimilado pelos jurados. A juíza também ressaltou o fato de Felipe ser afilhado da vítima, mas aceitou, no entanto, a atenuante pela confissão espontânea do acusado.
Relembre o caso

O então prefeito de Madeiro foi assassinado no dia 28 de novembro de 2021, nas proximidades do Campo de Futebol do Conjunto Queiroz. Segundo elementos de informação colhidos no inquérito policial, Zé Filho estava assistindo a uma partida de futebol e no momento em que decidiu ir embora, foi abordado por Felipe Seixas.
De acordo com testemunhas, Felipe se aproximou da vítima, efetuou os disparos de arma de fogo e falou: “aqui é para tu aprender a respeitar homem”. Depois, ele subiu em uma motocicleta e se evadiu.
Motivação do crime

Durante o interrogatório, Felipe Seixas disse à Polícia Civil que a motivação do crime seria uma perseguição que estaria sofrendo por parte do prefeito. “Ele relatou que a motivação teria sido perseguição que sofria, que desde que o pai dele tinha sido afastado pelo prefeito, ele já vinha sentindo esse sentimento de raiva, e que posteriormente a isso o prefeito teria inventado a história de que ele teria uma relação extraconjugal com a madrasta e que isso alimentou mais ainda o ódio. E que no dia do crime ele se encontrava ao lado do campo de futebol e quando viu o prefeito estava armado e não se conteve”, relatou o delegado Bruno Ursulino, responsável pelo inquérito.
Felipe Seixas estava preso preventivamente desde 30 de novembro de 2021.
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