O Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) da Bolívia informou que o ex-presidente Evo Morales não conseguiu se inscrever como candidato à eleição presidencial do país, ficando assim fora da disputa que acontecerá no dia 17 de agosto. A notícia foi divulgada nesta terça-feira (20).
Os apoiadores do político, que exerceu o cargo entre os anos de 2006 e 2019, por três mandatos consecutivos, tentaram registrar Evo Morales como candidato pelo Partido da Ação Nacional Boliviana até a noite dessa segunda-feira (19). Contudo, ele não obteve mais de 3% dos votos nas eleições de 2020, e, devido a isso, o TSE informou que a legenda não tem reconhecimento legal. O parlamentar havia escolhido, de última hora, o PAN-BOL para concorrer na eleição, após ter sido expulso do partido Movimento ao Socialismo (MAS), do presidente Luis Arce, que foi seu afilhado político, mas com quem está rompido.

A candidatura de Morales teria vida curta nos tribunais visto que na semana ada o Tribunal Constitucional Plurinacional (T) da Bolívia reafirmou uma decisão judicial que apontou que não há possibilidade de um terceiro mandato presidencial no país, o que significa que o ex-presidente, que já exerceu três mandatos, não poderia ser candidato em agosto.
Também na semana ada, Arce, que havia sido escolhido como o candidato do MAS, desistiu de tentar a reeleição devido à baixa popularidade, causada por uma crise econômica marcada pela falta de dólares, escassez de combustíveis e alta inflação, ele pediu ainda um nome de consenso dentro da esquerda e que Morales também desistisse da disputa, mas o ex-presidente recusou.
Ver todos os comentários | 0 |